6 vantagens das ferramentas pneumáticas sobre as elétricas
Entenda e compare as ferramentas elétricas e pneumáticas. O baixo custo nem sempre traz os melhores benefícios.
Essa é uma dúvida muito comum na hora de escolher equipamentos de remoção. Em geral, ferramentas elétricas podem parecer vantajosas à primeira vista, pois o custo inicial de aquisição é menor que o das ferramentas pneumáticas.
Essa economia inicial, entretanto, só se aplica em operações específicas, que exijam maior mobilidade e/ou não tenham uma rede de ar comprimido à disposição — como trabalhos em altura.
Já em aplicações que requerem maior potência de motor ou uso contínuo, como fundições, caldeirarias e siderurgias, as ferramentas pneumáticas são mais indicadas, pois apresentam uma série de vantagens a longo prazo. Vamos entendê-las.
1. Maior ergonomia
Ferramentas pneumáticas são mais ergonômicas: menores, mais leves, mais silenciosas e com reduzidos índices de vibração. Esses benefícios favorecem o trabalho do operador, diminuindo o risco de afastamentos e processos trabalhistas por lesões.
Um alto nível de vibração pode provocar doenças ocupacionais como a Síndrome da Mão Branca (que causa perda temporária ou definitiva dos movimentos dos membros), além de lesões por esforços repetitivos nos ombros e cotovelos.
Equipamentos com alto nível de ruídos provocam a perda de audição conforme o tempo de exposição, podendo levar afastamentos e aposentadoria por invalidez.
Por isso, a Chicago investe em pesquisa e desenvolvimento para aumentar a eficiência dos motores, tornando-os mais silenciosos e mais potentes.
As esmerilhadeiras CP3550, por exemplo, possuem um autobalanceador que, além de reduzir a vibração, melhoram em até 30% o consumo de abrasivo, componente fundamental no custo da operação.
2. Melhor relação peso/potência
Ao escolher uma ferramenta, é importante observar a relação entre o peso da máquina e a potência gerada pelo motor. As máquinas pneumáticas são mais leves e mais potentes do que as máquinas elétricas, proporcionando maior conforto ao operador que, com menor esforço, produzirá mais peças em menos tempo.
Existem casos que uma ferramenta elétrica com a mesma potência de uma ferramenta pneumática pode pesar até 3 vezes mais.
Para se ter uma ideia, a esmerilhadeira CP3850 tem 2,8 hp de potência e pesa apenas 2,2 kg, enquanto máquinas elétricas com potência similar podem pesar até 9 kg — isso sem contar o tamanho das ferramentas, que são proporcionais ao peso.
3. Economia de energia elétrica
Para funcionar, uma ferramenta pneumática precisa de uma rede de ar comprimido, que por sua vez consome energia elétrica. Em média, os custos de produção de ar comprimido são inferiores aos custos de consumo normal de um equipamento elétrico.
Se a especificação for correta para cada demanda, a operação tende a ser mais econômica, já que o mesmo sistema pode alimentar outras máquinas da indústria ou oficina. Existem compressores equipados com inversores de frequência e tecnologias que permitem uma grande otimização do consumo.
4. Sem choques elétricos e risco de explosão
Ambientes mais úmidos demandam maior atenção quanto ao uso de ferramentas elétricas, devido ao risco de choques elétricos. Tomadas ou fios descascados também podem gerar incidentes.
Além disso, algumas normas de segurança de trabalho impedem o uso de ferramentas que gerem faíscas em determinados ambientes — a presença de gases inflamáveis aumenta o risco de explosão. O mesmo vale para áreas classificadas, que restringem o uso de ferramentas elétricas em espaços confinados.
Nas ferramentas pneumáticas esses riscos não existem.
5. Menor custo de manutenção e tempo de parada
As ferramentas elétricas possuem vários componentes de desgaste natural e frequente. Isso aumenta os custos de manutenção e o tempo de parada, demandando máquinas-reserva (backup) e encarecendo ainda mais a operação.
Além disso, muitas vezes é preciso repor a ferramenta por falta de peças para reparo — principalmente as dotadas de escovas, que exigem mais manutenção. Com o aumento da temperatura durante a operação, esse componente pode sofrer danos irreversíveis.
Já as ferramentas pneumáticas possuem componentes mais robustos e menos sensíveis a operações de mal-uso por parte do operador. Em média, o intervalo entre manutenções é muito superior e todas as peças podem ser trocadas, sem necessidade de condenar a máquina por “perda total”.
Outro fator importante é que, durante a operação, é comum o disco parar por excesso de carga. Em uma máquina elétrica pode haver queima do motor, o que não ocorre com uma máquina pneumática.
6. Maior resistência e durabilidade
A durabilidade das máquinas pneumáticas em geral é bastante superior. Essas máquinas suportam operações de longa duração, trabalhos em 3 turnos e operações mais severas sem sofrer desgastes prematuros por aquecimento ou queima de componentes, além de proporcionarem menos paradas para manutenções preventivas.
Veja a seguir algumas características que conferem essa maior durabilidade:
- Não trabalham com altas temperaturas (o ar comprimido é gelado);
- Baixo atrito entre os componentes da máquina;
- Possuem motores mais resistentes à variação de temperatura ambiente;
- A pressão dentro de uma máquina pneumática é maior que a do ambiente externo, o que impede a entrada de umidade e de partículas sólidas que poderiam causar danos aos componentes internos;
- Motores são produzidos com materiais metálicos, com pouco atrito entre as partes, o que confere maior resistência ao longo da vida útil da ferramenta;
- Os mecanismos de motor pneumáticos ficam mais “isolados” do que os elétricos. Os elétricos geralmente são expostos por cavidades que promovem a refrigeração do sistema, para evitar o superaquecimento. Isso os torna mais vulneráveis a entrada de elementos estranhos que podem causar danos nas ferramentas.