Ferramenta de remoção: antes do preço, avalie o Custo Total de Propriedade
Entenda (na ponta do lápis!) por que a ferramenta mais barata pode não ser a mais vantajosa a longo prazo
O que você considera ao procurar uma ferramenta de remoção para uso industrial? Para a maioria das pessoas, o preço costuma ser um fator de decisão predominante.
Mas só ele não é suficiente para representar todos os custos associados ao equipamento: o correto seria calcular o Custo Total de Propriedade ou TCO (Total CostofOwnership)
O que é TCO (Total CostofOwnership)?
O TCO de uma ferramenta de remoção pode ser calculado como o preço de compra inicial mais os custos de operação ao longo de sua vida útil, incluindo todas as despesas associadas à compra, aos gastos com manutenção, consumo de energia, mão de obra e abrasivos.
Por meio desse número, o cliente terá uma base mais precisa para determinar o custo-benefício de um investimento do que apenas o preço de compra.
Quais são as despesas de operação associadas a uma ferramenta de remoção?
É nesse ponto que as surpresas começam: o preço, ou custo de aquisição, representa apenas 2% do Custo Total de Propriedade de uma ferramenta de remoção.
Em geral, o custo de manutenção de uma ferramenta pneumática também é muito baixo: cerca de 2%. Para um turno de trabalho em um ano, troca-se apenas dois jogos de palhetas e dois jogos de rolamentos.
Já a média de energia consumida representa apenas 6% desse custo durante toda a sua vida útil.
O que pesa mesmo nessa conta é o custo dos abrasivos e da mão de obra. São nesses pontos, então, que você deve focar seus principais fatores de decisão.
Mas como reduzir os custos com abrasivos e mão de obra?
1. Prefira ferramentas com maior potência e menos peso
Uma ferramenta com mais potência viabiliza uma maior velocidade de remoção, portanto, executa um trabalho mais rápido. Qualquer ganho de produtividade permitirá que mais peças sejam produzidas em um menor tempo e com menos esforço, sem necessidade de novas instalações ou mão de obra adicional.
Vale lembrar que máquinas mais robustas também oferecem uma vida útil prolongada, reduzindo custos de manutenção, tanto preventiva, quanto corretiva.
Outro ponto de atenção: geralmente, quando a potência é alta, a máquina também fica mais pesada, o que pode causar desgaste excessivo no operador e comprometer a produtividade. Mas existem tecnologias mais avançadas com melhor relação de peso/potência.
Alguns exemplos:
Esmerilhadeira angular CP3650: potência de apenas 2,4 Hp, pesando 1,75 kg.
Esmerilhadeira angular CP3850: potência de 2,8 Hp, pesando apenas 2,9 kg.
Para se ter uma ideia, as máquinas elétricas de alta frequência são as mais frequentemente comparadas a esses modelos. Chegam a pesar de 9 a 11 kg, entregando menos potência.
2. Utilize esmerilhadeiras com autobalanceador
Também considere tecnologias que permitam reduzir o consumo de abrasivos, como ferramentas de remoção com autobalanceador.
Trata-se de um rolamento de esferas que se movimentam livremente dentro de um flange fixado na saída da ferramenta. Ele gira na mesma velocidade que a saída da ferramenta, de modo que as esferas compensam qualquer imperfeição do abrasivo.
Assim, os discos duram mais tempo porque o contato entre o abrasivo e a aplicação é otimizado, aumentando ainda a taxa de remoção de material em até 15%.
Além disso, a vida útil da lixadeira e da esmerilhadeira com autobalanceador é aumentada, visto que as máquinas possuem tempos de disparo mais curtos.
No fim das contas, você verá que uma ferramenta de remoção com autobalanceador, mais potência e menos peso pode até custar mais, mas os ganhos compensam rapidamente o custo extra e garantem maior economia a longo prazo.