Linha de ar comprimido: 8 condições ideais para ferramentas pneumáticas
Do sistema de ar comprimido à entrada da ferramenta, saiba como garantir máximo desempenho e segurança para a sua operação
Quer obter o máximo desempenho da sua ferramenta pneumática e garantir a segurança da operação? Às vezes, a resposta para esse desafio não está exatamente na ferramenta: uma pequena mudança na configuração da linha de ar comprimido pode fazer toda a diferença no seu processo produtivo.
Confira os pontos que você deve ficar sempre atento para não correr riscos!
1. Utilize sempre um FRL (Filtro Regulador Lubrificador)
A preparação do ar comprimido para uso na ferramenta pneumática envolve três elementos, conhecidos como FRL:
a filtragem (F) remove as impurezas e grande parte da água ainda encontrada no sistema de ar;
o regulamento (R) ajusta a pressão do ar com base nos requisitos da aplicação;
a lubrificação (L) injeta uma quantidade controlada de lubrificante no sistema de ar comprimido para reduzir o desgaste prematuro de ferramentas e equipamentos.
Ao garantir a pressão especificada para cada aplicação, remoção das impurezas através de um filtro e a regulagem adequada da quantidade de óleo a ser inserida na ferramenta, obteremos melhor desempenho e vida útil para ela.
O ideal é utilizar mangueiras com até 5 m de comprimento da saída do FRL
Na linha de ar comprimido, as unidades FRL devem ser montadas o mais próximo possível da ferramenta, de preferência exatamente onde a mangueira estiver conectada ao sistema, para garantir que o óleo chegue à ferramenta e para evitar perda de pressão.
2. Assegure uma pressão estática de 90 psi / 6,3 bar
O desempenho das ferramentas pneumáticas depende de um ajuste correto da pressão na linha de ar comprimido. Geralmente, elas precisam de 6,3 bar (90 psi) de pressão estática para operar na potência nominal.
O uso de ferramentas pneumáticas com uma pressão de ar superior à recomendada pode causar a deterioração dos componentes internos e, em algumas aplicações, causar acidentes perigosos.
Por exemplo: as mangueiras de ar ou acoplamentos rompidos podem ferir o operador ou outras pessoas nas proximidades.
Para garantir o funcionamento pleno, recomendamos o uso de um sistema FRL equipado com medidores de pressão. Assim, o desempenho poderá ser verificado regularmente por funcionários da manutenção ou pelos próprios operadores.
3. Utilize óleo SAE 10
Nem todos os óleos são iguais. Os criados para ferramentas pneumáticas geralmente são especialmente formulados com agentes antiferrugem ou aditivos projetados para atender aos rígidos requisitos da indústria. Além disso, alguns tipos de óleo podem degradar os anéis de vedação e outros componentes.
É importante, portanto, usar apenas óleo para ferramentas pneumáticas aprovado e seguir as recomendações do fabricante. O óleo do tipo SAE10 é o mais indicado para esse tipo de aplicação.
Óleo com maior viscosidade e composição inadequada para a aplicação pode prender a palheta e travar o rotor, ou mesmo acelerar a corrosão. Então, nunca, jamais, use WD-40, óleo de compressor, óleo hidráulico, óleo 3 em 1 ou qualquer lubrificante não projetado especificamente para ferramentas pneumáticas.
4. Assegure gotejamento de óleo constante, com duas a três gotas por minuto
Quando o assunto é lubrificação, o que vale não é a quantidade total de óleo injetada no sistema, mas a constância do gotejamento.
Nessa perspectiva, fica evidente que o gotejamento manual adequado é praticamente impossível. Mesmo assim, muitos insistem nesse método, abastecendo a máquina em turnos, duas ou três vezes por dia. Isso não funciona na prática, pois o excesso de óleo é expulso da ferramenta e a operação fica seca rapidamente.
Em vez de abastecer a máquina em turnos, assegure um lubrificador de linha ajustado para entregar duas ou três gotas por minuto.
6. Utilize mangueiras e engates de alta vazão adequados
Use apenas mangueiras de ar classificadas para uso com ar comprimido. A mangueira sem classificação pode rachar, quebrar e girar, resultando em ferimentos ou outros danos.
O uso de tubos e acoplamentos maiores, de fluxo total, garante máximo desempenho. As medidas e os tipos de entrada de cada conexão devem ser iguais ao tipo de rosca da entrada de ar da ferramenta.
7. Cuidado com umidade na rede de ar
Se a água produzida no processo de compressão do ar não é devidamente contida na linha de ar comprimido e vai parar no interior da ferramenta pneumática, acaba comprometendo seu funcionamento e vida útil.
A presença de umidade vai acelerar processos de corrosão, causando desgaste prematuro na ferramenta, e aumenta o risco de quebra do rotor. Para evitar, utilize os filtros e secadores adequados no sistema de ar comprimido.
8. Deixe sempre a manutenção em dia
Fazer a manutenção periódica da sua ferramenta pneumática e da linha de ar, garantindo que o ar comprimido esteja na pressão correta e o mais limpo e seco possível, ajudará a prolongar a expectativa de vida dessas ferramentas e proteger seu investimento. Siga as orientações do fabricante à risca!